Direito a Acessibilidade
Quando se fala ou pensa em acessibilidade, normalmente o foco dessa acessibilidade está voltado para os deficientes físicos e suas respectivas necessidades como rampas de acesso e elevadores. Quando se pensa na acessibilidade em escolas, faculdades e instituições de ensino, de modo geral o pensamento sobre acessibilidade não muda muito.
Nesse artigo tentarei mostrar o que é necessário para atender um aluno com deficiência visual, em relação a acessibilidade, nas escolas e faculdades. É importante ressaltar que não sou arquiteta e que as sugestões feitas por mim no decorrer desse artigo, são uma mistura de experiência pessoal e de conversas de amigos que passam por dificuldades diárias de acessibilidade em instituições de ensino.
Lei de Acessibilidade
Objetividade, é só isso que o mundo de hoje quer de nós, não é mesmo? Que assim seja. A lei de Acessibilidade, garante aos deficientes, ou pessoas com necessidades especiais, algumas coisas, como atendimento preferencial e assentos preferenciais.
Esses, são talvez, os direitos mais conhecidos pela população em geral. Entretanto, ela (a lei), vai muito além. Isso, pra não falarmos de respeito ao diferente, à pessoa humana. Está pensando que já ouviu isso antes, não é mesmo? É claro que já, com o nome de Acessibilidade Atitudinal.
Mas, como o ser humano nem sempre sabe usar esses valores, precisamos de leis que nos garantam condições mínimas de igualdade. Sendo assim, vamos ao que interessa.
Se começarmos pela parte arquitetônica, as escolas, faculdades e a bem da verdade, toda e qualquer instituição, pública ou privada, precisam antes de qualquer coisa, dar acesso aos deficientes.
O que incomoda profundamente, é que essa mentalidade, não admite que temos o direito às ferramentas e ao auxílio, principalmente dos serviços públicos e privados. E não porque sejamos coitadinhos, mas por uma questão de justiça e segurança.
Lembro-me de uma história, onde um aluno era carregado pelas professoras e pela mãe, por não poder andar. A escola tem dois prédios e ele só ia a um deles por ser difícil de carregá-lo para o outro prédio, pois o acesso só se fazia por escada e assim, ele não podia participar de muitas atividades. A mãe cansou de pedir que fizessem uma rampa de acesso para o outro prédio e a resposta era sempre a mesma: "é inviável". Até o dia em que "alguém" orientou a mãe e esta não teve dúvidas, foi ao Ministério Público e fez a denúncia.
O resultado, é que de uma hora pra outra, a prefeitura que até então não tomara providências, alegando inviabilidade, arranjou um jeito de fazer a rampa que garantiu ao aluno, acesso aos dois prédios da escola. Isso é um fato verídico, a escola fica no ABC Paulista.
Vamos então tomar conhecimento daquilo que nos cabe e transformar nossa história, se não por nós, pelo menos por aqueles que estão vindo e ainda não sabem por onde começar. Eu tenho fé na capacidade de transformação das pessoas, o que falta é informação e união, afinal, uma andorinha sozinha, não faz verão.
Programa Praia Acessível em Santos-SP
Meta é oferecer plena acessibilidade na praia à pessoa com deficiência.
A Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência testou no Canal 3 em Santos, uma cadeira de rodas anfíbia que facilitará acesso ao lazer de quem tem dificuldade de locomoção. O objetivo dessa iniciativa é oferecer plena acessibilidade na praia à pessoa com deficiência.
A cadeira de rodas anfíbia possui rodas largas para evitar que ela afunde e dispõe de uma barra para auxiliar a movimentação na areia ou entrada e saída da água.
Após diversos testes com o protótipo da cadeira, a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência pretende, em um primeiro momento, encomendar 100 equipamentos que serão entregues aos municípios litorâneos.
Os critérios para os municípios receberem a cadeira de rodas anfíbia ainda serão definidos pela pasta. O primeiro item é a praia oferecer condições mínimas de acessibilidade, rampas, piso tátil, vagas específicas, banheiros acessíveis e postos de salvamento, o que já ocorre no Canal 3, em Santos.
A cadeira ficará disponível no posto de salvamento ou em outro estabelecimento público localizado na praia. O usuário receberá instrução sobre como utilizá-la e terá um limite de tempo de uso. “Todos têm direito ao lazer e a maioria das praias não têm condições de acessibilidade, por isso a iniciativa”, diz o coordenador de Acessibilidade da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Marco Pellegrini.
O País tem hoje 24,5 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. Esse número representa 14,5% da população brasileira.
Fonte: Secretaria de Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiência – SP
Postado por Amanda Oliveira - Monitora Projeto APE
Nenhum comentário:
Postar um comentário